Palestra dia 20/11/2017 por Vanessa
Paciência: 1 qualidade do que é paciente; 1.1 virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades; resignação; 1.2 capacidade de persistir numa atividade difícil; perseverança; 1.3 calma para esperar o que tarda.
Virtude: conformidade com o Bem, com a excelência moral ou de conduta etc.; dignidade.
Paciente: 1 que tem paciência ('virtude'); sereno, conformado 2 que sabe esperar; calmo; 3 que persiste na realização de um trabalho; perseverante; 4 feito com paciência.
Paciência para psicóloga Ana Sofia Costa
Capacidade de se manter equilibrado emocionalmente, de não perder a calma ao longo do tempo.
Capacidade de suportar dificuldades
Saber esperar para alcançar o que quer.
De saber ouvir com calma, saber libertar-se da ansiedade;
Vejamos também, por pertinente ao tema, a definição de impaciência:
Impaciência: 1 qualidade, estado ou condição de impaciente; falta de paciência; 2 incapacidade para sofrer sem se desesperar ou para suportar algo molesto ou incômodo; irresignação; 3 pressa em atingir algum objetivo; sofreguidão; 4 estado de preocupação; desassossego que impede o repouso; intranquilidade; 5 estado de irritação; aborrecimento, irritabilidade.
“A paciência é essa qualidade que nos ensina a suportar com calma todos os aborrecimentos”. Não consistem em apagar em nós qualquer sensação, em nos tornar indiferentes, inertes, mas em procurar, além dos horizontes do presente, as consolações que nos fazem considerar fúteis e secundárias as tribulações da vida material.
A paciência conduz à benevolência. Como espelhos, as almas nos devolvem o reflexo dos sentimentos que nos inspiram. A simpatia atrai a simpatia, e a indiferença causa o amargor.” (LÉON DENIS, Depois da morte).
Ter paciência e ser paciente
A diferença entre “ter paciência” e “ser paciente”, está no fato de que ser paciente é uma qualidade, enquanto que ter paciência é a virtude a ser conquistada que, provavelmente, causará muito trabalho e esforço durante um tempo mais ou menos longo, variando de uma pessoa para outra.
O autor espiritual Vinícius – pseudônimo de Pedro de Camargo (1878-1966) –, na obra Em Torno do Mestre, diz o seguinte: “É muito comum ouvirmos esta exclamação: perdi a paciência! Como sabem, porém, que perderam a paciência? Porque quando precisaram daquela virtude para se manterem calmos e serenos não a encontraram consigo, e, por isso, exaltam-se e praticam desatinos, dizendo ofensas e blasfêmias? Só pelo fato de não encontrarem em seu patrimônio moral aquela virtude, alegam logo que a perderam. Como poderiam, porém, perder o que não possuíam? Será melhor que os homens se convençam de que eles não têm paciência, que ainda não alcançaram essa preciosa qualidade que,no dizer do Mestre insigne, é a que nos assegura a posse de nós mesmos: Pela paciência possuíres as vossas almas. (*) E não pode haver maior conquista que a conquista própria. […].” (VINÍCIUS, Em torno do Mestre, p. 24).
Para cada um de nós, em particular, a virtude da paciência está em construção ou em Reforma.
Situações corriqueiras, do nosso dia a dia, em que se evidencia o quanto somos ou não pacientes:
· Transito.
· Filas de caminhões em uma viajem longa.
· Cuidar de Idosos.
· Atrasos de compromissos
· Fila de banco
· Deixar o Idoso passar na frente da fila do Idoso e ficar reclamando que ele é devagar.
Chico Xavier nos diz: “Evite a Impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim”.
Provérbios 16,32:
“Paciência vale mais que valentia, e dominar a si mesmo vale mais que conquistar uma cidade.”
O que sentimos e como reagimos quando somos impacientes:
Intolerância => agressividade.
Irritação => raiva explosiva; fúria.
Fora de controle => nos leva a agir de forma impulsiva, sem pensar.
Desses sentimentos, não se duvide, surgirão inconvenientes de ordem física, podendo também abrir portas para os de ordem espiritual.
Inconvenientes físicos da Impulsividade
Impulsividade: qualidade do que é impulsivo; impulsivismo.
Impulsivo:
1 que dá impulso, que impulsiona; 2 diz-se de ou indivíduo que atua, reage sob o impulso do momento, de maneira irrefletida; 3 que ou aquele que se excita, que se enraivece facilmente.
Ao explodirmos por impaciência, é certo, que algum efeito se dará em nosso corpo físico.
“[…] neste corpo [perispírito] se encontra a gênese patológica das mais variadas enfermidades, que são drenadas para o físico, graças ao favorecimento de uma sintonia com os micro-organismos patogênicos, gerada por seu adensamento. […].” (LUIZ GONZAGA PINHEIRO,O perispírito e suas modelações).
Patogênico: que provoca ou pode provocar, direta ou indiretamente, uma doença.
Dr. Ary Lex (1916-2001), em Do sistema nervoso à mediunidade, explica-nos que o corpo físico sofre a influência das emoções: “Certas emoções produzem vasoconstrição, isto é, diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, com menor afluxo de sangue à região do rosto, ficando a pele pálida. Nas emoções de susto ou medo geralmente ficamos pálidos. Outras emoções levam a uma vasodilatação, com aumento do afluxo de sangue à face e, consequentemente, 'rubicundez' (Este termo significa fica rubicundo,vermelho, corado). Os estados de agressividade, de ódio, deixam-nos com o rosto congesto. Estes casos simples já nos mostram, clara mente, a influência da mente sobre o corpo.” (p.21-23).
“[…] Vista em corte, a suprarrenal apresenta duas regiões: uma externa, ou camada cortical,
e outra interna ou camada medular. Esta secreta um hormônio importante: é a adrenalina, que é lançada no sangue durante as emoções, provocando taquicardia (pulso rápido), tremores, aumento da pressão arterial, aumento da secreção sudorípara.” (ARYLEX, Do Sistema Nervoso à mediunidade, p. 34).
O estudioso Luiz Gonzaga Pinheiro, em O perispírito e suas modelações, nos traz as seguintes informações:
“A instalação da doença no corpo físico, deve-se à vulnerabilidade perispiritual do indivíduo como causa primária, o que possibilita a instalação virótica ou bacteriológica como variável secundária. Como curar o homem, cujo físico ressente-se do acúmulo de substâncias tóxicas, que atingindo um limite insuportável, reage com a desarmonia, que é a doença, grito de alerta em última instância?
Não são os vírus que determinam as doenças.
Existem pessoas portadoras de vírus de doenças graves, que nunca se manifestam no corpo. Não são as bactérias. Muitas pessoas, ao contato com elas, adquirem imunidades, observando-se o efeito oposto ao esperado, substituindo a virulência pela resistência.
O que faculta a instalação definitiva da doença é a queda do tônus vital no organismo ou em um órgão em particular. E a gênese da patogenia é quase sempre o perispírito, pelo adensamento fluídico pernicioso a que se condena o Espírito pelo seu desregramento. Vírus e bactérias são fatores concorrentes; o afastamento das leis divinas constituem os fatores determinantes.A doença pois, não é um castigo de Deus, que não chegaria a mesquinhez de anotar crimes para depois puni-los com a desgraça. Ventura ou sofrimento são criados por nós e para nós, sendo outras variáveis filosóficas a respeito do destino humano, meramente especulativas e vazias de bom senso. Busque- se, pois, a patogenia onde ela se encontra,ou seja, no perispírito, lá impressa pelos desmandos do Espírito.
Difunda-se a prevenção onde ela é mais eficiente; no pensar e no agir de cada um. Instale-se a terapia, obedecendo a triplicidade do homem, Espírito-perispírito-corpo físico,para que o reinado dos paliativos não se perpetue sobre a Terra.” (LUIZ GONZAGA PINHEIRO, O perispírito e suas modelações).
Em Missionários da Luz, o instrutor Anacleto, num certo ponto, explica a André Luiz, que:
“– Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, sobretudo quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.” (CHICO XAVIER, Missionários da Luz).
Inconvenientes Espirituais da Impulsividade: sintonia Espiritual
Lei universal Semelhante atrai semelhante.
“O perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente por meio do qual nos comunicamos convosco, quer indiretamente, pelo vosso corpo ou pelo vosso perispírito, quer diretamente, pela vossa alma; donde, infinitas modalidades de médiuns e de comunicações.” (LAMENNAIS, O Livro dos Médiuns, cap. IV,item 51).
“O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.” (KARDEC, A Gênese, cap. XIV, item 22).
459. Os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem.”
460. Além dos pensamentos que nos são próprios, haverá outros que nos sejam sugeridos?
“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem ao mesmo tempo sobre o mesmo assunto e, frequentemente, bastante contraditórios. Pois bem! Neles há sempre um pouco de vós e um pouco de nós, e é isso que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.”
Kardec, em algumas obras, nos informa que:
“A mediunidade é uma faculdade multíplice, e que apresenta uma variedade infinita de nuanças em seus meios e em seus efeitos. Quem está apto para receber ou transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isso mesmo, médium, qualquer que seja o modo empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade, desde a simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos
Todavia, em seu uso ordinário, essa palavra tem uma acepção mais restrita, e se diz, geralmente,
de pessoas dotadas de um poder mediúnico muito grande, seja para produzir efeitos físicos, seja para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra.”(Revista Espírita 1859. IDE, 1993, p. 29). (ver tb:Iniciação Espírita. Edicel, 1986, p. 251 e O Livro dos Médiuns. Lake, 2006. p. 139).
Bem aventurados os Mansos...
Mateus 5,5: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.”
Lucas 21,19: “É na vossa paciência que ganhareis as vossas almas.”
Tiago 1,12: “Feliz o homem que suporta com paciência a provação! Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam.”
“7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu. Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.
- Um Espírito amigo. (Havre, 1862).” (KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX).
“Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça.”
(Alexandre, Missionários da Luz)
“Perder a paciência é perder a batalha” Gandhi
Original: https://www.slideshare.net/paulosnetos/a-pacincia-42402954