Palestra dia 25/09/2017 Palestrante: Rodrigo
Nada é como a gente determina, as coisas não acontecem como queremos, não somos senhores do tempo, hoje estamos aqui, amanhã não estamos mais. Hoje temos pessoas que amamos, amanhã não temos mais.
Vivenciar a morte de alguém querido é sem duvida um dos acontecimentos mais difíceis para o ser humano. Aprender a lidar com a saudade com a dificuldade em reconhecer o cotidiano sem aquela pessoa amiga e conseguir superar a tristeza para seguir a diante com a própria vida são provações difíceis. Provações que exigem tempo, paciência e fé.
Diante disto precisamos ser livres para compreender, e nos libertar de tudo aquilo que o passado nos prende, e que nos impede de ver a graça do presente, ou de futuro que nem sabemos se existira.
Perdemos boa parte da vida assim, presos no passado ou no futuro, e pouco nos sobra para o presente.
É importante despertar nossa consciência para o momento presente. O passado pode ate nos ensinar, o futuro pode até nos motivar, mas quem deve nos determinar é o momento presente.
Todo processo de perda vai desencadear em nós um luto.
Ai temos de reorganizar a vida sem o outro, mais que isso temos de fazer um processo de substituição.
Somos como uma esponja, vemos, sentimos, ouvimos, tocamos, coisas boas e ruins, tudo isso fica registrado em nós. E em momentos de luto temos de fazer uma seleção separar apenas os registros bons, bons momentos para superar esta situação.
É o movimento do tempo que vai nos curar.
O tempo da jeito em tudo. O tempo vai passando e pedagogicamente ele vai nos conduzindo pela mão, lembram que somos dependentes sempre uns dos outros? Nestes momentos os amigos nos confortam, a espiritualidade nos ampara, temos a fé em Deus que tudo pode, e a consciência da vida após a morte, de que este não é o ponto final, a separação é momentânea.
Eu não posso ficar me lamentando diante de uma morte, eu tenho de fazer o movimento de superação, que é a organização do luto. Não vou ficar parado no tempo, vou além.
O ser humano tem uma capacidade maravilhosa de se reinventar. É fácil? não é! O processo de transição é doloroso, mas se eu ficar ali teimando: eu não quero, não aceito, eu não vou... ficarei refém daquele momento.
Muitas pessoas ficam amarguradas pois pensam: aquela pessoa foi a melhor que passou em minha vida, e ficam nesta lamentação, não enxergam que Deus pode estar dando uma oportunidade maravilhosa de viver, conhecer lugares, coisas, pessoas. Estão de olhos vendados.
Se eu consigo ver que diante dos meus olhos surge um novo tempo, porque é que eu não vou viver?
Esta nova oportunidade pode me ajudar a ser radical, isto é; estar firme em minha raiz, ser eu mesmo, ser inteiro em cada parte, viver com intensidade.
Reflitamos: o sorriso de amanhã depende da lagrima de hoje. (como na musica: e levo este sorriso porque já chorei de mais).
O sorriso que vale apena ser sorrido é aquele que foi fruto de muito esforço, de muita luta e determinação, a conquista de você chegar ao outro lado sem ser carregado, Deus te deu a mão mas você deu os paços.
Se emocionar, sentir saudades sim, lamentar sem aceitar não.
Saudade é a lembrança de algo ou alguém que marcou muito sua vida.
A morte ensina a dor do apego
Se seu apego tem dependência, elimine-o.
Se sua saudade tem dor, elimine-a.
Se sua vida não tem saudades, crie-as.
Viver sem este sentimento é o mesmo que cozinhar sem sal... o sabor vai embora.
Como você vai viver hoje? A escolha é sua? Suas colheitas atuais dependem de suas decisões tomadas no passado.
“Sabe porque o retrovisor é menor que o parabrisa? Porque o caminho que tens à frente é mais importante que o que deixou para trás.”