Post date: 06/04/2017 12:30:42
Palestrante: Rodrigo B. Cardoso
Datas: 27/03/17 e 03/04/17
(Extraído da palestra de Nazareno Feitosa)
Família é o grupo social onde vamos primeiramente forjar nosso espírito, aprendendo na convivência entre as diferenças.
-O livro dos espíritos nos esclarece:
A nossa missão na terra é, nos auto-aperfeiçoarmos, e se temos esta missão este objetivo, será na família que conseguiremos um grande aprendizado.
Quando dizemos que a terra é um mundo de provas e expiações, temos então uma conseqüência inevitável: os casamentos que aconteceram e vão acontecer neste plano, em sua grande maioria são provacionais, ou seja, de testes, de avaliações. Existem exceções...
Não podemos estar encarnados em um mundo atrasado como o nosso esperando encontrar facilidades, maravilhas, porque a felicidade absoluta não encontraremos na terra ainda. (não estamos evoluídos o suficiente para vivermos esta felicidade plena, por isso estamos neste plano tendo uma pequena noção dela)
-a questão 920 do livro dos espírito nos traz:
-O homem pode gozar de completa felicidade na terra?
Não porque a existência corpórea é dada ao homem como prova ou expiação. Mas depende dele amenizar os seus males e ser tão feliz quanto possível na terra. Quase sempre o homem é responsável pela sua felicidade, ou infelicidade. (o problema é que nos sempre buscamos o que conhecemos como felicidade no outro, assim como culpamos o outro por nossa infelicidade), o que falta ao homem não é felicidade, e sim Deus. Praticando as leis de Deus, o homem pode poupar-se de muitos males e alcançar felicidade tão grande quanto comporte a sua existência.
-Tudo isso vai de encontro com as palavras do mestre:
-Meu reino não é deste mundo
-No mundo tereis aflições, mas tenha animo eu venci o mundo.
Então na terra teremos dificuldades assim como no casamento teremos grandes desafios, será uma prova, um teste, avaliação para que possamos aprender as faculdades superiores do espírito, aprender sobre; o amor, o perdão, a renuncia, a tolerância, na humildade, na convivência.
Como tentar manter a paixão, afetividade, o carinho e respeito durante longos anos de casamento?
Esta pergunta vai de encontro com a questão do livro dos espíritos 919.
Qual o meio mais eficaz de o homem assegurar sua felicidade futura e resistir ao mal arrastamento?
R: Santo Agostinho disse: conhece-te a ti mesmo. Através do autoconhecimento, da reforma intima, da modificação do ser, o homem é capaz de assegurar um bom relacionamento com seu cônjuge com o passar dos anos. (Estarão abertos a mudanças que acontecem no casamento com o tempo).
Raul Teixeira
Os vários tipos de amores que temos neste plano são exercícios, forma para treinarmos o verdadeiro amor universal, por exemplo: o amor de mãe, amor de pai, amor de filho, amor de esposa e de marido, amor de irmão, amor de amigo. São diferentes tipos de amor, para que aprendamos o verdadeiro amor incondicional que é o que Jesus demonstrou em sua passagem a terra.
Banalização no divorcio
O casamento não é uma regra absoluta, nós não estamos impossibilitados de separar. Haverá casos que o divorcio será útil para o próprio casal, e também para os filhos. O problema é que estamos vivendo uma banalização do divorcio, estamos mais ego centristas, mais egoístas, e qualquer motivo é suficiente para separação.
Antigamente era comum assistirmos casais comemorarem bodas de prata, ouro, diamante, acontecem muito menos. Hoje quando chegamos a boda de lata é motivo de uma grande festa.
É claro que um pouco disto é por conta do movimento de emancipação da mulher. Antigamente elas não se separavam pelo condicionamento religioso, condicionamento familiar, tinham medo de não ter como se sustentar após o divorcio, medo de serem criticadas pela sociedade.
Para a mulher hoje é mais fácil de divorciar. Mas este deve ser o ultimo recurso sempre não só para a mulher, temos de fazer de tudo para preservar a família, pois precisamos de um convívio de um parceiro, o cônjuge, a pessoa ao nosso lado é quem vai nos mostrar o que precisamos enxergar. Aquilo que aparentamos no meio social, no trabalho, no clube, na casa espírita, que é apenas aparência, eles é quem vão nos mostrar o que esta debaixo do tapete.
Então a terra é um mundo de testes e avaliações, em que a todo o momento estamos sendo avaliados. Só que nós espíritas (espiritualistas) somos privilegiados, temos um recurso tão grande de conhecimento, de instruções e conselhos, que é como se estivéssemos fazendo a prova com consulta.
E o professor na hora da correção vai ser exigente, pois estamos consultando durante a prova. Então esta na hora de errarmos menos.
Importância da família (03/04/17)
Casar quer dizer adaptar-se ou ajustar-se. Os casais, em sua grande maioria, não percebem que na associação conjugal, uma alma não se funde à outra; Permanece cada qual com seus gostos e seus desgostos, casar é ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas aspirações e não, ser a mesma pessoa. Certos momentos, em um relacionamento, aparecem as divergências, comuns à pessoas diferentes. Mas elas não devem ser encaradas como obstáculos intransponíveis, mas oportunidades de conversar e esclarecer a conduta a ser tomada a benefício do casal.
Para termos uma família unida, amorosa, com harmonia temos de treinar algumas virtudes:
O perdão é o treino da compreensão. Se procurarmos compreender o familiar sem criticar, identificaremos seus momentos menos felizes e não nos magoaremos.
A tolerância é o treino da aceitação. Cada ser humano está numa faixa de evolução. Não podemos exigir mais do que tem para dar. Estar sempre apontando defeitos pode ser uma maneira de fazê-las crescer, mas identificar pequenas virtudes é a melhor forma de desenvolvê-las.
A atenção é o treino do diálogo. Quando os componentes de uma família perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa o lar. É preciso saber ouvir, dar atenção ao que dizem os familiares e, principalmente, reconhecer que nos momentos de divergência eles podem estar com a razão.
O respeito é o treino da educação. É grande o número de lares onde as pessoas discutem, brigam, xingam-se e até se agridem, gerando uma atmosfera psíquica irrespirável que torna todos nervosos e infelizes. O problema é falta de auto-educação, a disciplina das emoções, reconhecendo que sem respeito pelos outros caímos na agressividade.
A renúncia é o treino da doação. A maioria dos casamentos na Terra, por serem provacionais, requer muita renúncia para serem levados até ao fim. Por ex: Há muitas maneiras de manifestar carinho por aqueles que realmente nos são importantes: um bilhete singelo, a lembrança de uma data, o elogio sincero, o reconhecimento de um benefício, a saudação alegre, a brincadeira amiga, o prato mais caprichado, o diálogo fraterno, o toque carinhoso... Para tanto é preciso que aprendamos a renunciar. Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos; renunciar às reclamações e cobranças ácidas; renunciar às críticas; renunciar ao mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam... Renunciar, enfim, a nós mesmos, vendo naqueles que a sabedoria divina colocou em nosso caminho a gloriosa oportunidade de trabalhar as diferenças e buscar o melhoramento.
Divorcio:
O divorcio deve ser o ultimo recurso.
A separação não será solução, pois significará o adiamento de reajustes indispensáveis e, por conseguinte, a falência da união perante as Leis de Deus (não estará cumprindo o planejamento encarnatorio).
Finalizando:
Importância da família:
- Será sempre nosso espelho, nos mostrando quem realmente somos.
- O lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais, onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios do Criador. Treinemos na família menor, habilitando-nos para o serviço à família maior... A Humanidade inteira.